Relacionamento

9 de abril de 2025

Relacionamentos abertos: tudo o que você queria saber (mas talvez tivesse medo de perguntar)

Você já olhou para o seu parceiro ou parceira e pensou: “E se a gente… abrir um pouco as coisas?” Ou talvez tenha ouvido uma amiga contar, entre risos nervosos, que ela e o namorado estão “experimentando algo diferente”. Os relacionamentos abertos estão por aí, nas conversas de bar, nas séries que você maratona na Netflix e até nos filtros dos aplicativos de paquera. Mas o que é isso de verdade? Será que é só sobre sexo selvagem com todo mundo ou tem mais coisa por trás? Spoiler: tem muito mais. Então pegue um café (ou algo mais forte, sem julgamento), porque esse artigo vai te levar numa viagem cheia de curiosidades, mitos quebrados e histórias que vão fazer você pensar o que sabe sobre amor e liberdade.

O começo de tudo: antes do Tinder, já tinha gente abrindo o jogo

Primeiro, vamos discutir essa ideia de que relacionamentos abertos são uma invenção moderna dos millennials ou da geração Z obcecada pela liberdade. Na verdade, isso vem de longe. Nos anos 1920, um grupo de artistas e intelectuais britânicos, o Bloomsbury Group, já vivia um estilo de vida que faria qualquer conservador da época ter um treco. Virginia Woolf, por exemplo, tinha um casamento aberto com Leonard Woolf, e os dois navegavam por relações extraconjugais com uma naturalidade que deixa a gente de boca aberta até hoje. Eles escreveram livros geniais enquanto trocavam cartas sobre seus casos — e, olha, funcionava pra eles.

Não era só libertinagem artística, sabe? Era sobre questionar o que o amor tem que ser. É essa vibração de desafiar as regras que atravessam o tempo. Hoje, em 2025, a gente vê casais comuns — o cara do TI, a moça do RH — brincando com a ideia de abrir um relacionamento. Segundo estudos recentes, cerca de 4 a 5% dos casais nos EUA já experimentaram alguma forma de não monogamia consensual. Isso dá um monte de gente, né? Então, se você acha que é coisa de “outro mundo”, olhe de novo: pode estar acontecendo na casa ao lado.

Relacionamento aberto não é tudo igual (e isso é o mais legal)

Se você acha que relacionamento aberto é só “liberou geral e cada um faz o que quer”, com certeza não é bem assim. Tem casal que só permite uns beijos casuais em uma festa, enquanto outros têm até “namorados secundários” com direito a jantar romântico e tudo. Tem quem diga “pode sair com quem quiser, mas não dormir fora de casa” e quem estabeleça “só com minha aprovação antes”. É tipo um cardápio de opções, e cada casal monta o seu combo.

O que difere isso do poliamor, você pergunta? Boa pergunta! Poliamor geralmente envolve amor e compromisso com mais de uma pessoa ao mesmo tempo — tipo, você tem dois namorados e ama os dois de coração. Já o relacionamento aberto costuma ser mais focado na liberdade sexual ou emocional, sem necessariamente criar laços profundos fora do casal principal. Mas, olha, às vezes as linhas se confundem, e tá tudo bem. O importante é que cada um defina o que funciona pra si.

Ciúme? Claro que tem, mas dá pra virar o jogo

“Quem aceita isso não sente ciúme. ” MITO! Pode mandar essa frase pro espaço. Ciúme é humano, e até os casais mais abertos do mundo já sentem aquele aperto no peito imaginando o parceiro com outra pessoa. Uma diferença? Eles lidam com isso. Conversamos, respiramos fundo e, em muitos casos, transformamos o ciúme em algo chamado “compersão”. Já ouviu falar? É tipo o oposto do ciúme: você fica genuinamente feliz porque seu amor está se divertindo ou vivendo algo legal, mesmo que não seja com você.

Eu sei, parece coisa de guru espiritual que medita 12 horas por dia, mas tem gente que jura que funciona. Uma amiga minha, a Ana, que abriu o namoro há dois anos, me contou: "No começo, eu quase surtei imaginando ele com outra. Mas aí a gente conversou tanto que hoje eu até acho fofo quando ele volta animado de um encontro." Será que é pra todo o mundo? Não sei, mas é fascinante.

Tecnologia: a parceira perfeita dos casais abertos

Agora, vamos falar de 2025, porque a tecnologia mudou TUDO. Sabe aqueles aplicativos de paquera que antes eram só pra solteiros? Hoje, plataformas como Feeld e OkCupid possuem filtros do tipo “casais abertos procurando um terceiro” ou “sou casado, mas ético, tá? ”. É quase como pedir pizza: você escolhe os ingredientes (ou os parceiros) que combinam com o seu gosto.

E não é só isso. Tem casal que usa o Google Calendar para organizar os encontros — “segunda eu saio, terça é você” — e até grupos de WhatsApp pra alinhar as regras. Uma curiosidade? O uso desses aplicativos explodiu entre casais curiosos nos últimos anos. Em 2025, não é raro ver perfis conjuntos do tipo “Somos o João e a Mari, casados ​​há 5 anos, querendo apimentar as coisas”. A tecnologia tá aí pra facilitar, e os casais abertos estão aproveitando cada byte.

Não é só sobre sexo (juro!)

Aqui vai uma surpresa pra quem acha que relacionamento aberto é só uma desculpa pra transar com todo mundo: nem sempre é sobre isso. Claro, o sexo é uma parte importante para muitos, mas tem casal que abre a relação para explorar conexões emocionais ou intelectuais. Conheci um cara, o Pedro, que me disse: "Eu gosto de conhecer pessoas novas, trocar ideias, sair pra um café. Não preciso dormir com elas pra isso ser incrível." Ele e a esposa têm um acordo: podem sair com quem quiser, desde que contem tudo depois.

Uma pesquisa de 2023 mostrou que 60% das pessoas em relações abertas valorizam mais essas conexões do que o sexo em si. Então, se você imaginou orgias 24 horas por dia, 7 dias por semana, pode repensar. Às vezes, é só sentir o vento da liberdade sem largar o porto seguro.

Regras: o segredo do sucesso (ou do caos)

Sem regras, meu amigo, é bagunça na certa. Casais abertos são mestres em criar acordos. Tem de tudo: “sempre usar camisinha” (óbvio, né?), “nada de ex-namorados pra evitar drama”, “me conta cada detalhe” ou até “não conta nada, prefiro imaginar”. Uma história engraçada: uma conhecida minha, a Lívia, disse que o namorado dela tem uma regra de “nada de encontros em dias de jogo do Corinthians”. Prioridades, né?

Essas regras são tipo o manual de instruções de um eletrodoméstico: se você não segue, o negócio desanda. E tem casal que leva isso a outro nível, com planilhas e lembretes no celular. Funciona? Pra maioria, sim. O truque é conversar até cansar antes de abrir a porta.

O preconceito ainda assombra (mas tá melhorando)

Mesmo com toda essa vibe moderna, ainda tem gente que torce o nariz. “Isso é falta de respeito”, “Vocês não se amam de verdade”, “É só uma fase”. Quem já ouviu isso levanta a mão! O tabu persiste, mas em 2025 as coisas estão mudando. Séries como The Bold Type e podcasts sobre sexualidade mostram casais abertos como pessoas normais, não como extraterrestres promíscuos.

Ainda assim, muitos vivem no que chamam de “armário da não monogamia”. Contam pros amigos mais próximos, mas evitem falar com a família. Imagina explicar pro tio conservador na ceia de Natal? “Passa o Peru e, aliás, eu saí com uma pessoa nova ontem. ” Melhor não.

Benefícios que você não imagina

Agora, com certeza essa: abrir a relação pode melhorar o que já existe. Casais dizem que falam abertamente sobre desejos e limites turbinados na comunicação. “A gente nunca conversou tanto quanto agora”, me disse a Ana, aquela do namoro aberto. E tem mais: alguns juram que o sexo com o parceiro principal fica mais quente depois de um role fora. É o tal “efeito novidade” — você volta com um fogo renovado.

Os psicólogos dizem que isso não é ilusão. Quando você negocia uma relação aberta com maturidade, o vínculo pode ficar mais forte. Claro, não é mágico: exige esforço, honestidade e um tantinho de coragem.

Será que é pra você?

Nem todo mundo tá pronto pra isso, e tá tudo bem. Especialistas dizem que relacionamentos abertos funcionam melhor pra quem já tem autoestima sólida e não surta com a ideia de dividir atenção. Quer um teste rápido? Imagine seu parceiro ou parceira num encontro agora. Como você se sente? Se for “ok, legal pra ele”, talvez você tenha o perfil. Se for “vou quebrar tudo”, melhor compensar.

Mas, olha, tem outro jeito de testar a água antes de mergulhar de cabeça. Que tal comprar um pênis realista e, juntos, fantasiarem que tem uma terceira pessoa no jogo? Pode parecer loucura, mas brincar com a ideia na segurança do quarto de vocês é um jeito leve de ver como você reage. Se rolar risada, tesão ou até uma conversa boa depois, quem sabe? Pode ser um sinal de que você deseja abrir as portas — pelo menos na imaginação.

No fim, o que importa é o que funciona pra você. Relacionamento aberto não é melhor nem pior que a monogamia — é somente diferente. E, em 2025, com tanta gente explorando, pelo menos vale a pena conhecer o assunto, né?

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